Monday, April 8, 2024

Brazilian Communist Party: On the 60th anniversary of the 1964 military coup — Never Again!

Statement of the National Political Commission of Brazilian Communist Party (Partido Comunista Brasileiro- PCB) on the occasion of the 60th anniversary of the 1964 military coup:

 
The 60th anniversary of the 1964 military coup, which inaugurated a 21-year dictatorship, occurs at a complex and adverse time for the Brazilian working class. Although Bolsonaro was defeated electorally, with a candidacy that claimed the most brutal crimes of the dictatorship, the far right that supported him remained active, gaining a strong presence in the National Congress and preserving significant support in various sectors of society.
 
Since the results of the 2022 presidential elections, coup movements have sought to materialize through coup movements. The non-recognition of the result of the election, the threats of uprisings and the camps in front of barracks organized by Bolsonaro supporters demonstrated that the page had not yet been turned in Brazil.

On January 8, 2023, a few days after President Lula's inauguration, the Planalto Palace and the STF were invaded in coup demonstrations and agitations, activities that took place after months of preparation in camps in front of barracks, counting on complicity and support from military groups aligned with Bolsonaro and far-right politicians, in addition to a wide network of financiers.

The 1964 coup, articulated by the hegemonic sectors of the Brazilian monopoly bourgeoisie associated with imperialism, established a dictatorship in the country aimed at barbarously repressing the labor and union movement and the popular movements on the rise in Brazil at the time. Throughout his 21 years, he persecuted, arrested, tortured, exiled and murdered hundreds of social activists, freedom fighters, democratic and revolutionary left activists, especially communists.

The PCB, on the 60th anniversary of the military coup that inaugurated the dictatorship that served the interests of the Brazilian bourgeoisie, vehemently condemns all coup actions and demands the punishment of all those involved, agitators, military personnel, politicians and financiers. We cannot accept any type of amnesty, which, as in the last years of the dictatorship, offered the military and agents of repression, murderers, kidnappers, rapists and torturers, the right to impunity.

We view with concern the institutional movements that seek to reconcile with the coup plotters. There can be no agreement with fascism and the extreme right!

The Lula government's stance of prohibiting activities to decommemorate the 1964 coup, as well as no longer building the Museum of Memory and Human Rights must be widely condemned. For a government that was born with the justification of defeating everything that Bolsonarism means, Lula's recent stances go against this argument.

The PCB, on the occasion of the 60th anniversary of the Military Coup and the Dictatorship that killed 1/3 of the members of its Central Committee, which committed murders, kidnappings, torture, rape, censorship, comes to denounce the amnesty for the military criminals of yesterday and those of today. We do not accept conciliation, nor memory erasures!

Always remember so it never happens again.

For Truth, Memory, Justice and Reparation!

NO AMNESTY! PRISON FOR BOLSONARO AND ALL THOSE INVOLVED IN THE COUP ATTEMPT!  

FOR THE REPEAL OF THE AMNESTY LAW, WITH THE PUNISHMENT OF TORTURERS, KILLERS AND COLLABORATORS OF THE DICTATORIAL REGIME

National Political Commission of PCB

 

Nota Política do Partido Comunista Brasileiro (PCB)

A passagem dos 60 anos do golpe militar de 1964, que inaugurou uma longa ditadura de 21 anos, ocorre num momento complexo e adverso para a classe trabalhadora brasileira. Embora Bolsonaro tenha sido derrotado eleitoralmente, com uma candidatura que reivindicava os mais brutais crimes da ditadura, a extrema direita que o apoiava se manteve ativa, conquistando uma forte presença no Congresso Nacional e preservando significativo apoio em diversos setores da sociedade.

Desde o resultado das eleições presidenciais de 2022, as agitações golpistas buscaram se concretizar por meio de movimentações golpistas. O não reconhecimento do resultado do pleito, as ameaças de levantes e os acampamentos diante de quartéis organizados por apoiadores do Bolsonaro demonstravam que essa página ainda não estava virada no Brasil.

Em 08 de janeiro de 2023, poucos dias após a posse do presidente Lula, ocorreu a invasão do Palácio do Planalto e do STF em manifestações e agitações golpistas, atividades que ocorreram após meses de preparação em acampamentos em frente a quartéis, contando com a cumplicidade e apoio de parcelas de militares alinhados com Bolsonaro e políticos da extrema direita, além de uma ampla rede de financiadores.

O golpe de 1964, articulado pelos setores hegemônicos da burguesia monopolista brasileira associada ao imperialismo, instaurou no país uma ditadura voltada a reprimir barbaramente o movimento operário e sindical e os movimentos populares em ascensão no Brasil no período. Ao longo de seus 21 anos, perseguiu, prendeu, torturou, exilou e assassinou centenas de ativistas sociais, lutadores pelas liberdades, militantes democráticos e da esquerda revolucionária, em especial os comunistas.

O PCB, nos 60 anos do golpe militar que inaugurou a ditadura que atuou a serviço dos interesses da burguesia brasileira, condena veementemente todas as ações golpistas e exige a punição de todos os envolvidos, agitadores, militares, políticos e financiadores. Não podemos aceitar nenhum tipo de anistia, que, assim como nos últimos anos da ditadura, ofereceu aos militares e agentes da repressão, assassinos, sequestradores, estupradores e torturadores, o direito à impunidade.

Vemos com preocupação as movimentações institucionais que buscam conciliar com os golpistas. Com o fascismo e a extrema direita não pode haver nenhum tipo de acordo!

As posturas do governo Lula de proibir atividades de descomemorações do golpe de 1964, bem como de não mais construir o Museu da Memória e dos Direitos Humanos devem ser amplamente condenadas. Para um governo que nasceu com a justificativa de derrotar tudo o que o bolsonarismo significa, as recentes posturas de Lula se colocam na contramão dessa argumentação.

O PCB, na ocasião dos 60 anos do Golpe Militar e da Ditadura que matou 1/3 dos membros de seu Comitê Central, que cometeu assassinatos, sequestros, torturas, estupros, censura, vem denunciar a anistia aos militares criminosos de ontem e os de hoje. Não aceitamos conciliação, nem apagamentos da memória!

Sempre lembrar para nunca mais acontecer.

Por Verdade, Memória, Justiça e Reparação!

SEM ANISTIA! PRISÃO PARA BOLSONARO E TODOS OS ENVOLVIDOS NA TENTATIVA DE GOLPE!

PELA REVOGAÇÃO DA LEI DE ANISTIA, COM A PUNIÇÃO DOS TORTURADORES, ASSASSINOS E COLABORADORES DO REGIME DITATORIAL

Comissão Política Nacional do PCB 

pcb.org.br